quinta-feira, 14 de julho de 2011

0 Especialistas defendem melhor formação de pilotos de aviões



Os motivos que levam aos acidentes são os mesmos: falha humana, condições climáticas desfavoráveis e falta de manutenção preventiva.

Especialistas em segurança aérea dizem que a maior parte dos acidentes acontece com aeronaves comandadas por pilotos que não são profissionais, como em Bragança Paulista. Só este ano, 57 pessoas morreram no Brasil em desastres aéreos. Para os especialistas, boa parte desses casos poderia ser evitada com uma melhor formação dos pilotos.

Com a tragédia no Recife, já foram 79 acidentes aéreos este ano. As estatísticas mostram que, de 2007 para cá, o número de quedas de aviões no Brasil cresceu, mas em ritmo bem menor do que o movimento no espaço aéreo, que aumentou cerca de 30% em 2010.

“Isso diz que nós estamos investindo em programa de prevenção de segurança. As aeronaves que são de transporte público no Brasil, que são as empresas aéreas e as empresas de táxi aéreo, são requeridas pela Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] a cumprirem o programa de segurança operacional”, afirma Francisco Lyra, presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag).

No setor privado, o número de acidentes é maior. E não podia ser diferente: das 12,5 mil aeronaves da frota nacional, só 570 são comerciais. Ao todo, 11.930 são particulares.

“Os aviões pequenos a gente tem a impressão que hoje caem mais pela quantidade de número de voos. Hoje no Brasil a gente tem muito mais aviões pequenos do que aviões grandes. Então, a quantidade de voos é maior e a proporção de acidentes também é maior. Porém, na escala é a mesma coisa”, explica o piloto Fernando Bondezan.

O avião que caiu no Recife era um bimotor turboélice. Os especialistas em aviação são unânimes em dizer que voar em um avião de pequeno porte ou voar em um avião comercial tem o mesmo risco. Os motivos que levam aos acidentes são os mesmos: falha humana, condições climáticas desfavoráveis e falta de manutenção preventiva.

“A segurança não está relacionada com o porte da aeronave, mas com quem opera, quem é o piloto: se é um piloto que está obedecendo aos mais elevados padrões de segurança operacional, se ele tem doutrina de segurança, se ele é treinado para endereçar os problemas de emergência com proficiência; ou se ele é um piloto amador, que está ali exercendo uma atividade não remunerada, transportando seus convidados. Esse, sim, tem índices de acidentes muito maiores”, aponta o presidente da Abag, Francisco Lyra.

Quem analisa acidentes aéreos sempre reforça: um desastre com aviões dificilmente é provocado por um único fator. Normalmente há uma sucessão de eventos que levam à queda.


Fonte: G1.com

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