sexta-feira, 15 de março de 2013

0 Um “petroleiro voador” para a Força Aérea Russa

O Ministério da Defesa da Rússia está a desenvolver negociações para a compra dos novos “petroleiros voadores” IL-78. Um avião desse tipo irá aumentar significativamente a capacidade da Força Aérea em atuar a uma grande distância das suas bases. Além disso, a “questão dos aviões-tanque” exige hoje soluções mais radicais.


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IL-76MD

Segundo as informações disponíveis, serão construídos 31 aviões na versão IL-78M-90 com base no avião militar de transporte IL-76MD-90A. A sua produção em série está a ser preparada em Ulianovsk. A aquisição desses aparelhos permitirá aumentar em 1,5 vezes o parque existente de aviões-tanque da Força Aérea Russa que conta atualmente com 20 aparelhos IL-78M, construídos nos anos 80 do século passado.
Esses reabastecedores são utilizados essencialmente para apoiar os voos da aviação de longo alcance. Os aviões Tu-95 e Tu-160 fazem regularmente voos com uma duração de 12-16 horas, ou mais, que obrigam a reabastecimentos em pleno voo. Entretanto, a aviação tática da Rússia, que está a receber aviões equipados para serem reabastecidos no ar, tem uma enorme falta de reabastecedores. A decisão de retomar as compras de aviões-tanque com base no IL-76, considerando o relançamento da produção em série de uma versão renovada desse aparelho em Ulianovsk, parece lógica.
Mas essa escolha tem o seu lado negativo. Em primeiro lugar, o preço dos aviões, que aumentou significativamente com a transferência da produção para Ulianovsk, onde o Ministério da Defesa encomendou os IL-76MD-90A. O preço de cada aparelho ronda os 120 milhões de dólares. Isso apesar de as características desse avião serem praticamente idênticas às do IL-76TD-90VD construído em Tashkent para a companhia aérea Volga-Dnepr por 55 milhões de dólares:http://thewaran. net/blog/130225i l76-2/).
Em segundo lugar, o fabrico de 31 aparelhos na versão de abastecedores, com a possibilidade da sua conversão em aviões de transporte, reduz a quantidade de aviões de transporte que o Ministério da Defesa poderá receber. Entretanto, a renovação do parque de aparelhos de transporte é necessário. Talvez a questão seja resolvida com a reparação e substituição dos motores dos aviões IL-76 de fabrico soviético existentes.
Em terceiro lugar, mesmo essa quantidade de IL-78 (20 antigos + 31 novos) não irá resolver na totalidade o problema da falta de abastecedores. Para fornecer uma quantidade suficiente de aviões-tanque à aviação tática seriam necessários mais. Não têm que ter sequer a mesma capacidade dos IL-78M.

A alternativa
Dificilmente se deverá levar a sério a possibilidade de recusar o contrato dos 31 aviões IL-78M-90. Mas se torna evidente que esse contrato deverá ser complementado num futuro próximo com a compra de aparelhos mais baratos. As missões dos abastecedores da aviação tática poderiam ser cumpridas por aviões criados com base nos aviões comerciais. Como base, poderíamos considerar, por exemplo, o Tu-154, um avião com horas de voo por gastar. Ou o Tu-204, um aparelho bastante moderno e que pode ser fabricado numa série grande. A construção de várias dezenas de abastecedores desse tipo durante 10 anos seriam uma verdadeira ajuda para a Força Aérea, que iria obter a capacidade de manobra operacional com grandes formações de aviação tática.
Não será de excluir, como uma solução racional, a criação de abastecedores ligeiros com base nos aviões do tipo An-148/158 ou do avião de transporte russo-indiano MTS/MTA em projeto. Esses aparelhos, que correspondem aproximadamente pelas suas capacidades ao reabastecedor norte-americano KC-130, permitiriam estudar a perspetiva de instalar equipamentos para o reabastecimento no ar, incluindo em parte dos helicópteros das frotas aéreas do exército e da marinha. Nos EUA isso é usado, e a capacidade de manobrar rapidamente permite obter bons resultados mesmo com pequenas unidades. Isso é uma verdade válida para qualquer época. A manobra era considerada como a base para a vitória por quase todos os chefes militares, tanto na antiguidade, como na Segunda Guerra Mundial.



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