terça-feira, 22 de novembro de 2011

0 Embraer terá centro em Confins

Unidade é o primeiro passo para criação do complexo aeronáutico de Minas Gerais.


ALISSON J. SILVA
Confins também receberá investimentos para se tornar um dos cinco polos aeronáuticos que serão criados no Estado
Confins também receberá investimentos para se tornar um dos cinco polos aeronáuticos que serão criados no Estado

A Embraer, quarta maior fabricante de aviões do mundo, anuncia hoje a implantação de um centro de formação e capacitação de mão de obra no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Trata-se do primeiro investimento da empresa no país fora do Estado de São Paulo. A informação foi confirmada pela secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck.

Este é um importante passo para a criação de um complexo aeronáutico no Estado, projeto que integra a pauta de diversificação econômica de Minas Gerais, proposta pelo governador Antonio Anastasia. Inicialmente, o centro será voltado para a capacitação de pessoal e, no futuro, será destinado também ao desenvolvimento de aeronaves.

De acordo com o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nárcio Rodrigues, o complexo aeronáutico de Minas Gerais será formado por cinco polos. Segundo ele, o primeiro deles, a ser instalado na cidade de Itajubá (Sul de Minas), será voltado para aeronaves de "asas móveis", levando em consideração a localização da Helicópteros do Brasil (Helibras) e o Parque Tecnológico da Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

Ainda conforme Nárcio Rodrigues, em Tupaciguara (Triângulo Mineiro) será implantado o polo de aviões com asas fixas. O projeto prevê a construção de aeronaves pequenas, com capacidade para até oito passageiros.

"O terceiro polo regional ficará em Lagoa Santa (RMBH) e será voltado para a formação de profissionais e o desenvolvimento de componentes aeronáuticos. O quarto, a ser criado no Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá, distante cerca de 45 quilômetros de Juiz de Fora, terá como objetivo dar suporte logístico à exploração do pré-sal. Já o quinto e último polo terá como meta transformar o aeroporto de Confins na primeira aerotrópole do Cone Sul", explica o secretário.



OMAR FREIRE/SECOM-MG
De acordo com Nárcio Rodrigues, o complexo terá cinco polos
De acordo com Nárcio Rodrigues, o complexo terá cinco polos

Orçamento - Para isso, o governo de Minas está negociando R$ 700 milhões do Orçamento da União no Plano Plurianual (PPA) 2012-2015. Do total, R$ 200 milhões são pleiteados já para o próximo exercício. Conforme Nárcio Rodrigues, que se reúne hoje com a bancada mineira do Congresso, a aceitação dos parlamentares mineiros, num primeiro encontro, foi unânime e favorável à emenda do governo estadual.

"Precisamos aguardar o relatório final para saber com qual orçamento o projeto será contemplado. Enquanto isso, prosseguimos com os estudos e parcerias para coordenação do projeto, objetivando não só a geração de novos negócios, como também a capacitação de mão de obra e o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado", diz.

Segundo o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Minas Gerais (Fapemig), Mário Neto Borges, a partir de agora a implantação do complexo aeronáutico é uma questão de tempo. De acordo com ele, o avanço das negociações e a definição do governo do Estado das áreas de interesse e dos focos para cada polo irão contribuir para o desenvolvimento do projeto.

"Nossa expectativa é de que o projeto seja anunciado ainda neste ano. Mas, evidentemente, a partir do próximo exercício é que ele vai realmente sair do papel, apesar de, no caso dos polos de Tupaciguara e Uberlândia, os processos de implantação estarem mais avançados", afirma.

Na opinião de Borges, o complexo será um "divisor de águas" para Minas Gerais. Segundo ele, isso porque se trata de um setor que une conhecimento, ciência e tecnologia de ponta. "Além disso, o projeto vai promover um impacto econômico no Estado, não só do ponto de vista da atração de investimentos, como também da mudança no perfil da indústria mineira, com a contribuição de uma atividade de alto valor agregado, tendo a ciência de ponta como base de sustentação", justifica.


Fonte: Diário do Comércio/MG

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