Badan, com seu Cessna 1943 e a frota de aviões agrícolas ao fundo
A troca do agronegócio para a aviação comercial está ligada às melhores condições de trabalho e a maior rentabilidade. Com o crescimento da viação regional no país, a demanda por pilotos aumentou, diz Badan. Ele também informa que faltam cursos de formação. “O Brasil conta com apenas duas escolas técnicas em funcionamento, uma no Rio Grande do Sul e outra no Paraná. Esporadicamente são formados pilotos também em São Paulo, mas ainda é pouco”.
Rodrigo diz que os riscos oferecidos pela aviação agrícola podem estar afastando os interessados em continuar na atividade. Ele comenta, por exemplo, que os voos sobre as lavouras são em baixa altitude, muitas vezes se aproximando de matas. Porém, o empresário diz que atualmente há poucos riscos de contaminação agrotóxica do piloto, já que os aviões mais novos possuem ar-condicionado, filtros e é exigido o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI). “Logicamente que é necessário trabalhar com todo o cuidado, mas o risco é bem menor do que o operador de trator com o pulverizador”.
Para se tornar piloto de aviação agrícola, o interessado precisa ter carteira de piloto privado, que são 35 horas de voo, depois se tornar piloto comercial, que são mais 150 horas, e para concretizar o curso de piloto agrícola deve-se contabilizar 400 horas. Badan revela que muitos pilotos novos, para entrarem rapidamente no mercado de trabalho, acabam “maquiando” a quantidade de horas voos que possuem.
“É o famoso voo na BIC, somente na ponta da caneta, sem realmente fazer as horas necessárias e tais constarem apenas no papel. Esse tipo de piloto existe bastante, mas é arriscado contratar, já que não terá capacidade técnica para pilotar sobre a lavoura”, finaliza o empresário, que pilota há 12 anos.
Fonte: Olhar Direto
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