Ontem, as duas companhias divulgaram lucros menores no segundo trimestre em comparação com o ano anterior: queda de quase 12% na United Continental e de 67% na US Airways.
As companhias colocaram seus planos de crescimento em banho-maria, especialmente na United, focada em atrair mais viajantes a negócios. Isso permitiu que elas aumentassem as tarifas. Foi o que aconteceu novamente na quarta-feira, quando algumas empresas tentaram promover um aumento de tarifas de até 20% em viagens de ida e volta.
"Elas têm condições de elevar as tarifas devido às decisões que tomaram, mantendo a capacidade baixa, buscando elevar as tarifas em vez de ganhar participação de mercado, tentando atrair passageiros mais rentáveis em vez de apenas encher as aeronaves e esperando mais tempo para colocar as tarifas à venda", disse James Corridore, analista de companhias aéreas na Standard & Poors.
As companhias aéreas em geral vêm elevando as tarifas, neste ano, para compensar o aumento de despesas com combustível, apesar de um aumento de tarifas tentado pela United no início deste mês que, no entanto, não vingou.
A United Continental Holdings lucrou US$ 538 milhões. As receitas cresceram mais de 10%, para US$ 9,81 bilhões, embora o tráfego tenha se mantido inalterado. Isso é consequência dos aumentos de tarifas. Os custos com combustíveis cresceram US$ 1 bilhão, ou 45% a mais do que um ano atrás.
A US Airways Group lucrou US$ 92 milhões. As receitas cresceram mais de 10%, para US$ 3,5 bilhões.
"Os preços dos combustíveis neste ano não chegaram aos níveis de 2008. Mas ficaram em nível elevado por mais tempo. Os preços médios para o ano inteiro deverão ser tão altos, neste ano, quanto em 2008", disse Doug Parker, presidente e CEO da US Airways.
Na quarta-feira, a AMR, controladora da American Airlines, reportou prejuízo líquido de US$ 286 milhões no segundo trimestre, 26 vezes superior à perda de US$ 11 milhões de igual período do ano passado.
Fonte: Valor Econômico
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