segunda-feira, 2 de maio de 2011

0 Sem privatização o Grupo TAP caminha para insustentabilidade



O Grupo TAP está numa “trajectória de evolução que conduz à insustentabilidade da empresa” devido às “diversas condicionantes que impedem a sua recapitalização no actual quadro accionista” — é a conclusão do seu accionista, a Parpública, que salienta “compreende-se assim a importância do anunciado processo de reprivatização”.
A Parpública assinala designadamente que os capitais próprios do grupo TAP caíram para 272,1 milhões de euros negativos em 2010, o que representa “um agravamento de quase 30% face aos - 211,331 verificados em 2009”, a Grant Thornton & Associados – SROC, na sua apreciação às contas da sociedade assinala que “tal como previsto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, por estar perdido metade do capital social, deverão ser tomadas as medidas necessárias para rectificar esta situação”.
A informação publicada no relatório e contas da Parpública mostra que o Grupo TAP perdeu 52,9 milhões em 2010, apesar da subida de lucros da TAP SA (transporte aéreo e manutenção) de 60 milhões em 2009 para 62,3 milhões em 2010, pelos prejuízos “aos resultados gerados fora dos negócios desenvolvidos pela TAP, SA”, especificamente pelas participadas SPdH (handling nos aeroportos portugueses) e TAP – Manutenção e Engenharia Brasil.
A SPdH perdeu 43,5 milhões de euros (14 meses, pela “adequação ao calendário gregoriano”), depois de prejuízos de 38,2 milhões em 2008 e 28,2 milhões em 2009, e a Aero LB, sociedade brasileira que detém a TAP – Manutenção e Engenharia Brasil, SA, ex-VEM, perdeu 71,8 milhões de euros, quando em 2009 tivera um resultado positivo de 2,4 milhões, pelo “efeito não recorrente associado à adesão ao programa de refinanciamento fiscal no Brasil, o qual teve um impacto positivo no resultado de 55,7 M€, pelo que se pode concluir que a exploração da TAP-MEB, SA tem sido sempre deficitária”.
A Administração da TAP, presidida por Fernando Pinto, optou este ano, pela primeira vez, por apresentar apenas as contas da TAP, SA, a subsidiária do grupo dedicada ao transporte aéreo de passageiros e carga e à manutenção de aviões e motores para a frota própria e para outras companhias, destacando que em 2010 teve os maiores lucros de sempre.
O relatório da Parpública é, assim, a primeira divulgação das contas da TAP SGPS, da qual detém 100% do capital, e a sua conclusão é de que revelam “a extrema fragilidade da estrutura de capital do Grupo TAP”.
“A situação financeira do Grupo TAP, que desde há anos temos vindo a classificar como crítica, continua a degradar-se tendo no final do exercício de 2010 os capitais próprios atingido o valor de – 272,1 M€, o que traduz um agravamento de quase 30% face aos - 211,331 verificados em 2009, definindo uma trajectória de evolução que conduz à insustentabilidade da empresa dadas as diversas condicionantes que impedem a sua recapitalização no actual quadro accionista”, lê-se no documento, que acrescenta:
“Compreende-se assim a importância do anunciado processo de reprivatização no qual o accionista está empenhado e que sublinha como determinante para o futuro próximo do Grupo, não só pela eventual injecção de capital mas também pelo contributo que poderá ter na dinamização do processo de reforço da competitividade e eficiência no desenvolvimento do negócio a par da manutenção e crescimento do hub de transporte aéreo em Portugal”.

Fonte : Presstur

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