sábado, 7 de maio de 2011

0 Pacote de privatização da TAP inclui sete empresas



O processo de privatização da companhia aérea portuguesa TAP, previsto para ter início após as eleições em Portugal, em 5 de junho, vai incluir um pacote de sete empresas controladas por ela. A brasileira VEM, de manutenção de aeronaves, é uma delas.

Também estão inseridas na privatização a Cateringpor, de refeições de bordo, a Lojas Francas de Portugal (LFP), do segmento de "duty free" em aeroportos e a bordo de aviões, a Groundforce, de apoio aeroportuário em pátios de aviões, a companhia aérea regional Portugalia, a Megasis, de tecnologia, e a UCS, de planos de saúde para funcionários das empresas do grupo.

Apesar de a privatização da TAP estar prevista para junho, algumas medidas internas e preparatórias para esse processo já estão sendo tomadas pela Parpública, a administradora das participações do governo português em empresas públicas. A TAP é 100% estatal.

A principal medida em curso é uma avaliação do valor da TAP, que está sendo apurado pelo Citibank. Um segundo banco português será contratado e deverá ser o estatal Caixa Geral de Depósitos, segundo uma fonte do setor que acompanha de perto a privatização da TAP.

Além dessa avaliação, um "data room" deverá ser realizado para detalhar todas as informações financeiras da companhia a potenciais compradores.

Recentemente, a brasileira TAM Linhas Aéreas manifestou interesse. Segundo a imprensa portuguesa, Qatar Airways, a IAG, fusão entre a British Airways e a Iberia, também estariam interessadas.

A fatia da TAP que o futuro governo português pretende passar para a iniciativa privada ainda não está definida, mas deve variar dependendo de quem vencer as eleições. De acordo com a fonte, caso o Partido Socialista (PS) permaneça governando, a tendência é a de manter um certo nível de participação. Caso o partido da oposição, o Partido Social Democrata (PSD), vença é provável que todo o controle seja repassado.

No ano passado, a TAP teve lucro de € 62 milhões, ante € 52 milhões do ano anterior. O faturamento da empresa foi de € 2,2 bilhões em 2010, sendo que o Brasil responde por 22% dos resultados do grupo e Portugal por 29%.

No Brasil, a TAP opera atualmente 71 frequências semanais, a maior operação estrangeira no país. Até o fim do ano, ela planeja oferecer 77 voos por semana.

"O dinheiro que será arrecadado com a privatização da TAP não será destinado para ajudar a reduzir o déficit público de Portugal. Os recursos serão usados para capitalizar a empresa", afirma a fonte.

O plano do governo de Portugal, de acordo com a imprensa portuguesa, é arrecadar € 5,3 bilhões até 2013 com o programa de privatizações dos setores de transportes, que inclui a TAP, energia, comunicações e seguros, entre outros.

Na quarta-feira, foi aprovado o programa de socorro a Portugal de € 78 bilhões, negociado entre a União Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e o governo português, o chamado triunvirato. A meta de redução do déficit público português é de 5,9% para este ano, de 4,5% para 2012, e de 3% para 2013.


Fonte: Valor Econômico

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