não seja aprovada sua fusão com a TAM foi recebida com surpresa pela companhia aérea da família Constantino, segundo a assessoria de
imprensa da Gol.
A empresa reafirmou ainda que não está em negociação com nenhuma empresa aérea e que não foi procurada pela chilena LAN. Segundo
entrevista publicada pelo jornal chileno El Mercurio, o gerente-geral da LAN, Ignacio Cueto, disse que a LAN deve procurar "um second best" caso
a fusão com a TAM seja reprovada. "Podemos ir falar com a Gol, que não sei se estará disponível, mas que sua internacionalização não se
compara com a da TAM", disse.
Para analistas do setor de transportes, a declaração do executivo da LAN não passa de pressão para que o Tribunal de Livre Concorrência do
Chile (TDLC) aprove a fusão entre LAN e TAM. "Acho pouco provável que a fusão não seja aprovada", afirma um profissional que acompanha de
perto o setor de aviação. Ele lembra que um indicativo seria o fato do juiz não ter pedido informações adicionais às apresentadas pelas duas
empresas em audiência pública no último dia 26. "Além disso, o juiz já afirmou que a decisão sobre o tema deve sair antes de 60 dias, o que é
positivo", destaca.
Para o profissional uma fusão entre LAN e Gol faria menos sentido que uma associação com a TAM. O principal benefício para a companhia aérea
chilena é o acesso ao mercado doméstico brasileiro, mas ele cita também as sinergias entre as duas empresas em viagens de longo curso, o que
não aconteceria com a Gol. "Em resumo, uma fusão com a Gol traria menos benefícios, mas em compensação, ela é uma empresa mais rentável e
menos alavancada que a TAM", afirma.
Na última quinta-feira, foi realizada uma audiência pública em Santiago pelo TDLC, onde a TAM, a LAN, empresas concorrentes e um órgão de
defesa do consumidor se manifestaram sobre a união das duas empresas, anunciada em agosto do ano passado e que, se concretizada, criará a
maior empresa aérea da América Latina. O tribunal deve anunciar sua decisão num prazo de até 60 dias.
Durante sua apresentação, o advogado da TAM chegou a dizer que, se a fusão não fosse aprovada, a companhia aérea brasileira buscaria um
outro parceiro. No final do dia, o presidente da TAM holding, Marco Antonio Bologna, divulgou uma nota reafirmando essa posição.
"Estamos confiantes na aprovação da fusão com a LAN pelo TDLC e continuaremos empenhando todos os nossos esforços na criação da
LATAM, que será um dos maiores grupos de companhias aéreas do mundo, com inúmeros benefícios para nossos clientes e nossos países. Essa
fusão é fruto de uma visão estratégica de que a consolidação da aviação comercial no mundo é inexorável. Na hipótese - improvável, na nossa
opinião - de a LAN vir a ser impedida de levar adiante a fusão, continuaremos fiéis à nossa visão e buscando essa consolidação do setor aéreo -
que é, como disse, inexorável", afirmou Bologna
Hoje as ações das duas aéreas brasileiras operam com direções opostas, com a Gol subindo 1,64%, entre as maiores altas do Ibovespa, e TAM
em queda de 1,90%, entre as principais baixas. Operadores avaliam que a possibilidade da fusão não se concretizar gera temor entre os
investidores que estão posicionados em TAM em busca de ganhos com a operação entre as duas aéreas. "Um simples desmonte de posição
pressiona os papéis", explica um profissional. Outro operador ressalta ainda, que as notícias geram um fluxo especulativo em cima de Gol.
Fonte: Agência Estado











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