— Já estávamos há mais de 45 minutos dentro do avião, quando nos pediram para sair e esperar na área de embarque. Era um avião grande, com mais de 200 passageiros. Minutos depois, um funcionário chamou os passageiros que tinham conexão para o Exterior para remarcar as passagens — conta a funcionária pública Luana Campello, que faria escala para Roma, na Itália, onde vai passar as férias.
Luana conseguiu remarcar seus dois voos para esta segunda-feira, mas lamenta o ocorrido:
— Já perdi um dia de hotel e vou perder um dia de férias, mas consegui resolver a minha situação. Tem muita gente aqui esperando há horas e ainda não teve informações. Os ânimos se alteraram, um passageiro e um funcionário da empresa trocaram agressões físicas. É uma pena.
A diretora-comercial Roseli Sritzen também estava no voo. Ela veio de Recife (PE) com a família para visitar parentes em Porto Alegre:
— Cheguei aqui às 9h e ainda estou no aeroporto sem saber quando vou chegar em casa. Somos um grupo de 60 pessoas que iria para Guarulhos e depois para Recife. Até agora a TAM não nos informou sobre quando vamos conseguir embarcar. Estou esperando para poder desmarcar meus compromissos de amanhã.
Segundo Roseli, além disso, o que chamou atenção no caso foi a confusão que o problema gerou no aeroporto.
— Foi um caos. Não traziam as nossas bagagens, não organizaram uma fila para cada um tentar resolver a sua situação, enfim, ficamos aqui no meio de um tumulto. Eles estavam muito despreparados — critica.
Reclamação semelhante fez a gerente de contas Jerusa Dalla Valle. Ela mora em São Paulo e iria embarcar com o marido para Congonhas às 14h20min. No entanto, o casal e mais quatro passageiros foram impedidos de pegar o voo, pois, segundo a companhia, o voo estaria com excesso de peso.
— Foi bem complicado, esperamos muito tempo e queriam nos realocar em um voo com conexão em Curitiba que chegaria em São Paulo depois das 20h. Depois de muita discussão, conseguimos um voo às 17h20min — diz Jerusa.
De acordo com ela, este tipo de problema com a companhia aérea é recorrente no Aeroporto Salgado Filho:
— Eu e meu marido viajamos por todo Brasil e nunca temos problemas. Aqui já aconteceu mais de uma vez.
Passageiros que tentavam vaga em voos no fim da tarde informaram que muitas pessoas foram levadas a hotéis e só embarcariam no dia seguinte. Outras, que teriam perdido conexões, seriam levadas a São Paulo e lá seriam hospedadas em hotéis.
Segundo a psicóloga Luciane Ribeiro, que conseguiu garantir o embarque às 17h20min, a situação dos passageiros só começou a ser resolvida depois de quase cinco horas de espera:
— Esperava estar em casa para o almoço de Páscoa, em vez disso passamos a manhã e parte da tarde esperando uma explicação.
Funcionários da TAM no aeroporto não quiseram dar explicações sobre o ocorrido à reportagem. Zero Hora tentou entrar com contato com a empresa, mas não conseguiu retorno.
Fonte : ZeroHora
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