Segundo os investigadores durante o voo foi constatada uma perigosa combinação de sono e excesso de assertividade do cmte sobre um copiloto que se mostrou submisso, fatores que contribuíram para que o avião fizesse uma aproximação desestabilizada e a tripulação ainda assim tentasse realizar o pouso ao invés de arremeter.
Os gravadores de voz e dados de voo mostraram que o cmte estava dormindo até 21 minutos antes do pouso, tendo o tempo total em que permaneceu dormindo sido superior a 1 hora e 40 minutos, inclusive tendo os sons de sua respiração apresentado um padrão de sono profundo durante 1 hora e 28 minutos.
Durante a decida que no dia do acidente deveria ser mais curta devido ao radar de Mangalore estar indisponível a tripulação falhou em preparar o perfil de descida adequadamente, ficando muito acima do que deveria para o pouso por instrumentos a ser realizado pelo cmte uma vez que a operação pelos copilotos não era permitida pela companhia aérea no aeroporto.
Notando a situação inadequada para o pouso o copiloto chegou a sugerir três vezes para o cmte que fosse realizada uma arremetida, não tendo sido atendido pelo cmte que prosseguiu com a aproximação, durante a qual chegou a comandar uma razão de descida de 4000 pés por minuto para tentar diminuir a altitude que resultou em vários alertas sonoros automáticos de "sink rate" e "pull up" emitidos pelo sistema de alerta de proximidade com o solo, o GPWS na sigla em inglês.
Ao cruzar a cabeceira da pista o avião encontrava-se a 200 pés de altitude, quando o correto seriam 50 pés, e a uma velocidade de 160 nós, o que fez com que só viesse a tocar a pista após transcorridos aproximadamente 1586 metros de sua extensão, deixando apenas 853,5 metros disponíveis para que o avião parasse.
Ainda assim o cmte tentou freiar o avião e, notando que não haveria pista suficiente, chegou a tentar uma arremetida após a aplicação dos reversores em uma atitude contrária aos padrões operacionais.
O avião acabou por varar a pista, colidindo sua asa direita com a antena do localizador e vindo a cair em um barranco.
O relatório do Ministério de Aviação Civil da Índia apontou portanto que durante o voo o cmte se impôs ao copiloto chegando inclusive a induzí-lo a confirmar para a torre de controle que o avião estava estabilizado na aproximação por instrumentos mesmo não estando corretamente posicionado na rampa de descida, e com a demonstração de falta de assertividade do copiloto o cmte prosseguiu com a aproximação tendo possivelmente julgado de forma equivocada sua capacidade de pousar com segurança o avião.
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