Ele e os irmãos perderam, cada um, cerca de 600 milhões de reais com a desvalorização de 54% das ações da Gol neste ano. É o pior momento da empresa na bolsa
No auge, a Gol valia três vezes mais do que a chilena LAN e quatro vezes mais do que a americana JetBlue. Após o IPO, Constantino de Oliveira Júnior, presidente da companhia aérea, e seus três irmãos ingressaram na lista de bilionários da revista Forbes. Passados sete anos, no entanto, a história é bem diferente: a antiga queridinha vive hoje um drama particular na bolsa de valores.
A ação caiu 54% no ano, a terceira maior baixa entre as empresas mais negociadas (a desvalorização da principal concorrente, a TAM, foi de 12%).
O papel nunca esteve tão barato — nem mesmo durante a crise financeira de 2008, a relação entre o valor de mercado da companhia e a sua geração de caixa foi tão ruim. Com a baixa, Júnior e os irmãos perderam, cada um, em torno de 600 milhões de reais em nove meses.
O que está acontecendo? Em parte, o mau desempenho na bolsa se deve aos números decepcionantes divulgados nos últimos meses: a Gol anunciou um prejuízo de 359 milhões de reais no segundo trimestre e informou que sua margem operacional seria bem menor que a esperada.
Além disso, há o risco de a recente valorização do dólar prejudicar ainda mais os resultados da empresa por elevar o custo do combustível e da dívida em moeda estrangeira. São dados preocupantes. Mas esse não é o único problema.
Outras companhias, como B2W e JBS, e bancos médios, como o BicBanco, também vêm apresentando números sofríveis e suas ações estão indo melhor.
Fonte: Exame/Abril
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