terça-feira, 4 de outubro de 2011

0 TAP e o processo de privatização.



O Grupo IAG, que alia a Ibéria e a British Airways, tem uma lista de 12 empresas com quem poderá fusionar a sua operação ou adquirir. Mas, existem três negócios que poderão ser mais imediatos, entre eles está a privatização da TAP.


O CEO do IAG, Willie Walsh, já admitiu que pretende acelerar a consolidação do grupo, com vista a acompanhar os grandes players de mercado Lufthansa e Air France-KLM.

O Financial Times sublinhou que o CEO não avançou quaisquer nomes, no entanto a TAP, Aer Lingus e BMI deverão constar nessa lista, uma vez que são três empresas à venda.

A Lufthansa já admitiu que pretende alienar a sua empresa britânica BMI, a TAP está a arrancar com o seu processo de privatização e o Governo irlandês já manifestou em alienar a sua posição na Aer Lingus.

A companhia aérea portuguesa surge na segunda posição de interesse, segundo os analistas citados pelo Financial Times.

A TAP, que está em fase de privatização, está a ser alvo do Grupo IAG que já admitiu interesse na companhia portuguesa, nomeadamente por causa da sua operação no Brasil. Inclusive, o grupo que resulta da fusão entre a British Airways e a Ibéria já contratou um banco de investimento para analisar a operação.

O jornal mencionou que o primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, já demonstrou que poderia haver uma união entre a TAP e a Lufthansa, duas companhias da mesma aliança de transportadoras aéreas, a Star Alliance, o que facilitaria a operação. O mesmo não acontece com o IAG, cujas companhias pertencem à aliança rival, a Onewortld.

Andrew Lobbenberg, analista da RBS, citado pelo “Financial Times”, alertou que caso a Lufthansa se alie à TAP iria liderar o mercado da América Latina, havendo a hipotese de se juntar também ao novo grupo LATAM (LAN Chile e TAM estão em processo de fusão).

Os analistas citados pelo “Financial Times” referem dos três negócios mais imediatos, a aquisição da BMI é a “mais atractiva” para o IAG, uma vez que a companhia é a segunda maior transportadora em termos de número de “slots” (período de espaço e de tempo de aterragem e descolagem de um avião no aeroporto) aeroporto de Heathrow.

A British Airways, actualmente, não consegue expandir a sua operação, uma vez que Heathrow não tem mais espaço para aumentar a sua dimensão e o número das respectivas “slots”.

A Virgin Atlantic é a grande concorrente do IAG na “guerra” das “slots”, recordou a mesma publicação, bem como companhias provenientes do Médio Oriente, como a Etihad.

No entanto, a British Airways poderia enfrentar problemas de concorrência caso o IAG adquirisse a BMI, uma vez que a maior companhia britânica não poderá ultrapassar a quota de 50% no aeroporto. O IAG acredita na aprovação, uma vez que este cenário seria semelhante ao existente em Charles de Gaule com a Air France-KLM e da Lufthansa em Frankfurt.

As “slots” da BMI estão avaliadas em 770,5 milhões de libras, segundo os números de 2008, ano em que a empresa foi adquirida pela Lufthansa.

Segundo o Financial Times, o negócio menos interessante para o IAG é a Aer Lingus. O Governo irlandês e a Ryanair, dois dos accionistas da companhia, já manifestaram intenção de alienar a empresa.

A Aer Lingus tem algumas slots em Heathrow, mas também traz consigo um défice de 400 milhões de euros, relacionado com um fundo de pensões.

Os analistas referem que o Grupo IAG quer assegurar as sinergias de 400 milhões de euros relacionadas com a fusão entre a British e a Ibéria que deverão ser concretizadas na totalidade até 2015.


Fonte: Jornal de Negócios/Portugal

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