quarta-feira, 21 de setembro de 2011

0 Câmbio já mexe com planos de quem deseja ir ao exterior

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Parte das operadoras garante, porém, que ainda não houve alta de preços e alteração no fluxo de consumidores
MARÍLIA CAMELO

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Itens da linha de tecnologia, que geralmente são importados, podem ficar mais caros neste segundo semestre, período mais aquecido nas vendas do comércio varejista
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Alguns clientes estão preferindo antecipar a compra dos pacotes de viagem para aproveitar a cotação atual do dólar

A retomada da valorização do dólar está mexendo com o sentimento dos fortalezenses que pretendem viajar para o exterior até dezembro. Muitos estão indecisos acerca do melhor momento para fechar o pacote de viagens ou converter seus reais para a moeda estrangeira. Nessas últimas duas semanas, casas de câmbio e agências de viagem registraram comportamentos distintos dos consumidores, especialmente, no ritmo da procura deles pelos destinos internacionais. Parte das operadoras garante, porém, que ainda não houve aumento de preços e alteração no fluxo de clientes por conta da relação cambial. Mas, pelo menos, há um consenso entre os profissionais do setor de que caso continue a tendência de alta, a um determinado patamar, os primeiros sinais do impacto já serão sentidos no bolso de quem quer se aventurar por outros países.

Patamar de segurança

Ontem, o dólar comercial e o turismo fecharam a R$ 1,789 e a R$ 1,920, para a venda, respectivamente. Apesar da forte valorização da moeda norte-americana, os especialistas acreditam que, até agora, não houve influência na decisão dos clientes que desejam excursionar para fora do Brasil. Conforme a CVC, uma cotação acima de R$ 2,00 poderia gerar algum impacto na quantidade de viagens para os destinos estrangeiros.

Porém, por enquanto, garante a assessoria de imprensa da CVC, por causa da antecipação de até um ano de antecedência que são negociados os pacotes ainda não há influência desse fenômeno cambial nas vendas. Além disso, conforme a CVC, nesta época do ano, a maior procura dos turistas é por destinos dentro do próprio Brasil.

De acordo com o gerente de Vendas e Lazer da Casablanca Turismo, Cláudio Reges (sic), já há um incremento no número de pessoas para tentar garantir a cotação atual da moeda estadunidense. "De quinta-feira pra cá, a gente sentiu uma elevação sim, principalmente, de quem já tinha vindo aqui antes e estava alinhavado. Ele compra em reais e em até dez vezes, por isso alguns se apressaram em antecipar o fechamento do pacote antes que o dólar suba mais", diz.

Cláudio afirma que outra orientação importante que está sendo dada é a respeito da conversão nas casas cambiais. "A gente está aconselhando quem vai passar o Natal e o Réveillon no exterior as pessoas para abastecer o cartão de débito agora, pois caso a cotação esteja bem mais alta no fim do ano, as pessoas vão economizar", conta, ressaltando que ainda é cedo para constatar a troca de pessoas que viajariam para o exterior, mas que por desistência migram por uma opção no próprio país de origem.

Casas de conversão

O operador de Câmbio da Sadoc Câmbio e Turismo, Francisco Havelange da Silveira, comenta que sempre nos fins de cada ano há um acréscimo normal na demanda de clientes. "Neste ano específico, para quem vai viajar no Natal e Réveillon, com base na expectativa geral do mercado, a gente sugere não esperar para comprar o dólar na última hora. É bom antecipar essa conversão", avalia.

Na opinião do diretor da Região Nordeste da Confidence Câmbio, Artur Schutte, o mais aconselhável no momento é não fazer uso do cartão de crédito. "Em hipótese alguma deve ser usado esse expediente. O mercado está estressado e sem a certeza absoluta de qual a real tendência da moeda norte-americana, com esse rebaixamento das notas de países da Europa. Usar o cartão de crédito agora é muito arriscado". Ele lembra que ainda incide nesse tipo de pagamento uma taxa de mais de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Outra dica do especialista é manter um valor médio de conversão da moeda para se beneficiar no cômputo final. "Se você vai levar US$ 9 mil. O ideal é comprar US$ 3 mil em outubro, outros US$ 3 mil em novembro, e mais US$ 3 mil, em dezembro. Assim, se o dólar cair ou subir daqui para o fim do ano, você vai ter pago um custo médio até lá, sem riscos de grande prejuízo", aponta.

Para Artur, a desvalorização do real dificulta, sobretudo, as classes emergentes, porém, na visão dele, isso não deve reduzir demais os gastos no exterior.

Dólar turismo

2 reais ou um valor acima desse patamar é a cotação da moeda norte-americana que, na visão dos especialistas, pode gerar impacto nas viagens para fora

VAREJO NEGOCIA
Eletroeletrônicos devem ter leve alta dos preços

Alta do dólar e chegada do fim do ano prometem aumento dos preços de produtos importados

O consumidor cearense, quando for às compras, deve redobrar sua atenção, nas próximas semanas, ao verificar os preços dos produtos à venda em lojas de eletroeletrônicos. Isto porque, com o fechamento do dólar em alta, a R$ 1,79, e a chegada do último quadrimestre do ano, época de datas comemorativas e aquecimento do comércio, é natural que itens da linha de tecnologia, que geralmente são importados, sofram um leve aumento nos preços.

Expectativa

A Cecomil, loja com representatividade no mercado local, revelou, através do seu departamento de compras que, de fato, existe a possibilidade de um aumento de preços, principalmente em produtos de informática, como computadores, notebooks, netbooks e outros. O motivo de tal alta está na cobrança mais cara que os fornecedores tem exercido sobre a loja.

No entanto, a empresa alega que tem se esforçado para negociar uma diminuição dos valores, com a finalidade de promover um aumento pouco impactante para seus consumidores.

Segurança

Apesar dos fatores que apontam uma provável elevação dos itens da linha, outras empresas cearenses afirmam que a tendência, para os próximos meses, é uma estabilização dos preços. São os casos da Ibyte e da InterSystem. A primeira, por meio da sua assessoria de comunicação, disse estar segura quanto a isso, já que tem estoque suficiente para não se render a uma possível pressão de fornecedores e, portanto, não precisar elevar o valor de mercado dos seus produtos. A promessa de estabilização dos preços também foi feita pela InterSystem.

Após passar meses em desvalorização, a moeda americana apresenta alta por 12 dias consecutivos.

A R$ 1,789
Dólar em novo patamar recorde

A cotação da moeda já subiu 13,7% desde o fim de julho, quando bateu seu ponto mais baixo deste ano

São Paulo. O dólar comercial oscilou entre R$ 1,803 e R$ 1,768 na sessão de ontem, sendo negociado por R$ 1,789 nas últimas operações -um aumento de 0,50% em relação ao fechamento da segunda-feira. Trata-se de mais um patamar inédito para o preço da moeda americana neste ano: desde 1º de julho de 2010 o mercado de câmbio doméstico não fixava uma taxa de encerramento desse nível.

A cotação do dólar já subiu 13,7% desde o fim de julho, quando o dólar bateu seu ponto mais baixo deste ano. Em 2011, o valor dessa moeda já acumula valorização de 7,4%.

O dólar turismo, por sua vez, foi vendido por R$ 1,920 (alta de 0,52%) e comprado por R$ 1,730 nas casas de câmbio paulistas. O relativo otimismo vigente nas Bolsas de Valores dos EUA e da Europa não contagiou o segmento de câmbio, que somente neste mês subiu em 12 dos 13 dias úteis contabilizados até ontem. Há insegurança de sobra a respeito do futuro imediato da Grécia, que é, na visão de muitos economistas, o mais sério candidato na Europa a anunciar um "default" no curto prazo. Ontem, o que ajudou a conter a queda livre das Bolsas foi a expectativa de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) pode anunciar hoje novas medidas para estimular a maior economia do planeta. Também existem expectativas de que as autoridades europeias e a Grécia cheguem ainda nesta semana a algum acordo que evite o "pior cenário" para o país mediterrâneo. Por enquanto, apesar de sessões mais voláteis do que outras, esse é o cenário básico que ainda predomina entre analistas do setor financeiro.

Cotação comercial

7,4 por cento é a valorização acumulada da moeda norte-americana neste ano

ILO SANTIAGO JR.
REPÓRTER




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