sexta-feira, 10 de junho de 2011

0 De São Carlos para o Mundo



O Ministro da Fazenda anunciou, no dia 31 de maio passado, que a Secretaria da Receita Federal aprovou os estudos apresentados pela Prefeitura de São Carlos para a internacionalização do Aeroporto Mário Pereira Lopes, e que a Receita Federal vai tomar medidas legais para a instalação de uma alfândega no aeroporto.
Medida perfeitamente justa, e muito oportuna. Afastada por rodovia três horas da capital de São Paulo, moderna, próspera e um importante pólo agrícola e industrial do interior do Estado, São Carlos foi considerada pelo Governo Federal a 15ª melhor cidade para se viver no país, com uma renda per capita de R$ 18 mil em 2008 segundo o IBGE.
Mais importante que isso, São Carlos reúne elementos do que deve ser considerado um crescente pólo aeroespacial, com um ativo curso de formação de engenheiros aeronáuticos da USP, várias empresas de serviços aeronáuticos, um moderno Centro de Manutenção de Aeronaves da TAM e o Museu Asas de um Sonho, a maior coleção de aeronaves históricas do mundo pertencente a uma organização privada.
O Prefeito Oswaldo Barba, ex professor universitário, nunca escondeu o desejo de ver ali instalada uma estação aduaneira para o escoamento da produção regional. E o empresariado local apoiou esse pleito junto às autoridades.
O impacto da internacionalização do aeroporto local será imediato. O aeroporto já possui pista pavimentada e balizada que permite a operação de aeronaves até o tamanho do Airbus A330, e o Centro de Manutenção da TAM deseja prolongar sua pista e pátio para receber aviões maiores, do porte do Airbus 340 e do Boeing B.777, para cuja manutenção se prepara hoje. Isso implica em maior faturamento, mais impostos para o Município, empregos para os jovens que se formam nos cursos técnicos locais e incentivo para a implantação de mais empresas de serviços aeronáuticos, seguindo os passos da norte-americana Goodrich, que já opera lá.
Com o aeroporto internacional será possível também instalar no local um depósito alfandegado, possibilitando mais agilidade no atendimento de serviços aeronáuticos e a TAM poderá levar avante a expansão de suas oficinas para atender a aeronaves de mais clientes da América do Sul, hoje forçados a levar seus aviões aos Estados Unidos para revisão e manutenção.
E não somente a TAM vai lucrar. São Carlos abriga instalações industriais de empresas como a Volkswagen, Electrolux, Latina, Faber-Castell, Tecumseh, Opto, Tapetes São Carlos, Toalhas São Carlos e Engemasa, entre outras. Em 2008 São Carlos exportou US$ 304.287.101 e só isso já justificaria a internacionalização do aeroporto.
Numa época em que Brasília parece ter finalmente acordado para o que a IATA classificou "uma política aeroportuária obsoleta, que precisava de revisão" e decidiu repassar a gestão de grandes aeroportos como Brasília, Guarulhos e Viracopos para investidores privados, dar ao aeroporto de São Carlos a possibilidade de crescer foi apenas uma questão de coerência. O Aeroporto Mário Pereira Lopes é gerido e mantido pelo DAESP - Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo, juntamente com a TAM.


Fonte: Aerobusiness.com.br

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