terça-feira, 5 de abril de 2011

0 Turbulência política adia privatização e capitalização da TAP



Captação de recursos pela companhia aérea será postergada em função das eleições portuguesas. Alternativa é ampliar voos


A crise econômica e política em Portugal que levou à renúncia do primeiro-ministro, José Sócrates, podem também adiar a capitalização da companhia aérea TAP Portugal. Isso porque, a privatização da empresa aérea, que hoje é líder do tráfego entre Europa e Brasil, está parada. O vice-presidente da TAP, o brasileiro Luiz Mór, em entrevista ao BRASIL ECONÔMICO, disse que com as novas eleições programadas para o dia cinco de junho, vai atrasar o processo de privatização e consequentemente a capitalização da empresa.

“Op roblema é que não podemos receber ajuda do estado, pois a legislação europeia é bem rígida sobre isso. Então, temos um acionista que não pode fazer aumento de capital. E aviação é um negócio que precisa muito de recursos”, disse Mór.

A TAP é uma das empresas que despertam o interesse de muitas companhias que querem aumentar seu poderio no mercado internacional. Entre aquelas que já informaram a intenção de entrar na empresa é a Iberia, que recentemente fundiu- se à Britsh Airways. Com a TAP, a espanhola vai aumentar sua presença no mercado brasileiro, hoje a vedete no mundo.

“Esse é um setor muito sensível. Tamanho é documento. E para isso é preciso ter escalas. O que impediu anter de ocorrer essas consolidações foram as barreiras impostas pelos países, como a composição societária. Só que essa regulação tem caído ao longo do tempo, facilitando as associações”, explicou o executivo. “A privatização é a única solução dentro da lei para capitalizar a empresa, pois precisamos de dinheiro para competir nesse mercado”, acrescentou Mór.

Para driblar a falta de investimentos do principal acionista, a TAP busca o crescimento em outros mercados. Tanto é que 51% dos passageiros transportados pela companhia aérea foi na rota entre Brasil e Portugal e 33% para outros países europeus. E, segundo o executivo, a taxa de ocupação que mais cresceu no ano passado foi justamente nos voos intraeuropeus, principalmente em cidades médias da região.

“Queremos captar passageiros fora de grandes centros em países de alta demanda. Para isso inauguramos há algum tempo rotas entre cidades como Nice e Toulouse na França e Barcelona na Espanha. Agora, estamos aumentando esta rede em mais seis novos destinos dentro da Europa”, disse o executivo.

A TAP tem planos de abrir rotas para as cidades de Dusseldorf, na Alemanha, Bordeaux na França, Manchester na Inglaterra e Dubrovnik, na Croácia, além das capitais da Aústria, Viena e da Grécia, Atenas. “A segunda parte de nosso planejamento é expandir nossas fronteiras para o Leste Europeu , principalmente a Rússia. Precisamos ir para os mercados onde a demanda por passageiros está crescente e assim diminuir bastante a dependência de Portugal. Além disso, nestas cidades há demanda por destinos turísticos, principalmente brasileiros”, afirmou Mór.

No Brasil, a TAP opera rotas em 10 cidades brasileiras com 75 frequências semanais. Além disso, a companhia também voa para a África em 13 destinos. “Agora, vamos voar para os Estados Unidos. Em junho, iremos para Miami e já temos muitas reservas para esta rota. A demanda neste destino é, em sua maioria, aposentados ricos e aficcionados por golfe, já que Portugal tem tradição nesse esporte.”

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