A inspeção ocorre depois de um incidente que abriu um buraco de 1,5 metro em um Boeing-737 da Southwest na última sexta-feira nos Estados Unidos.
Ontem, a Agência Nacional de Aviação norte-americana anunciou que vai recomendar as companhias aéreas a testar esses modelos para averiguar possíveis falhas e rachaduras na fuselagem.
Um total de 931 Boeings 737-300 são operados por todas as companhias aéreas do mundo, com 288 nos Estados Unidos, segundo dados da agência norte-americana de aviação, a FAA.
BOEING
A Boeing recomendou às companhias aéreas que utilizam alguns dos modelos 737 com muito tempo de voo que checassem problemas relacionados à fadiga metálica.
As checagens, que deverão se tornar obrigatórias pelo FAA, o órgão de regulação do setor aéreo dos Estados Unidos, são válidas para as versões mais antigas do 737, como o 737-300, que realizaram ao menos 30 mil "ciclos", disse o chefe do projeto de engenharia do 737 clássico da Boeing, Paul Richter, em entrevista à imprensa na terça-feira.
Um ciclo corresponde a uma decolagem e um pouso e é considerado a maior fonte de desgaste na estrutura de um avião por conta de esforços como a pressurização da cabine.
A Southwest disse que o avião realizou mais de 39 mil ciclos. Uma fonte da indústria com conhecimento sobre o boletim da Boeing disse que o total foi maior que a média feita por aviões da mesma idade --cerca de 15 anos.
A Boeing não acreditava que o modo de operação do avião pela Southwest poderia ter contribuído para o incidente de 1º de abril, disse Richter. O voo 812 ia de Phoenix a Sacramento, na Califórnia, quanto uma fenda de 1,52 metro foi aberta cerca de 20 minutos após a decolagem.
"A realidade é que eles [Southwest] operam um grande frota de 737s... e certamente a maior frota de 737s clássicos", disse Richter. "É apenas um evento estatístico muito mais do que o modo da Southwest em operar o avião", adicionou.
Com a Reuters
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