quarta-feira, 13 de abril de 2011

0 Aeroporto da Pampulha vai ter obras de R$ 30 milhões



O aeroporto da Pampulha vai iniciar neste ano um processo de reformas que vão demandar R$ 30 milhões. As obras, previstas para começar no segundo semestre, devem ficar prontas até o final de 2012. Entre as mudanças estão a substituição da esteira de bagagem, reforma do pavimento do pátio norte, que tem área de 56 mil metros quadrados e a implantação de nova torre de controle, para ampliar a visibilidade da pista.

No ano passado, o aeroporto da Pampulha transportou 757,68 mil passageiros, contra 598,36 mil em 2009. Em 2010 foram realizados 66.650 pousos e decolagens no aeroporto. “Não estamos fazendo a reforma para ampliar a capacidade do terminal de passageiros. Nosso objetivo é melhorar as condições do aeroporto, que não tem obras importantes há muito tempo”, afirma Mario Jorge Fernandes de Oliveira, superintendente regional na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

A pista de pouso e decolagem da Pampulha, que mede 2,54 mil metros, também deve ser reduzida em 100 metros. A medida deve ser a solução mais viável para que o aeroporto possa operar as aeronaves por aproximação e por instrumentos – quando a visibilidade está ruim – tecnologia que permite ao avião pousar sem as condições ideais de visualização da pista.

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) fez recentemente alerta à Prefeitura de Belo Horizonte, ao governo de Minas e à Infraero sobre os riscos de o aeroporto deixar de operar com voos de aviação regular. No documento, o Decea informou que até 15 de março de 2012 o aeroporto da Pampulha terá de retirar cerca de 43 obstáculos da vizinhança que impedem que seja feita a operação das aeronaves por aproximação e por instrumentos.

Sem obstáculos

As novas regras da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) determinam que todos os aeroportos que operarem por regras de voo por instrumentos devem estar livres de obstáculos que interferem na fase de voo da aeronave. “Em função do grande número de obstáculos, o Decea está refazendo os estudos. Há igrejas, casas, um bairro inteiro. Não dá para retirar tudo das proximidades do aeroporto”, afirma Hélio Machado, gerente regional de navegação aérea da Infrero.

Em março, a polêmica ao redor do aumento dos voos na Pampulha voltou à tona. O vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, foi à Brasília pedir a transferência de alguns voos de Confins, para a Pampulha. O governador Antonio Anastasia, no entanto, deve seguir linha próxima da adotada por Aécio Neves no ano passado, que foi contrário à decisão da Anac de derrubar a portaria 993, de 1997, que proibia aeronaves com mais de 50 assentos na Pampulha.

Confins

O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande Belo Horizonte, transportou de janeiro a março deste ano cerca de 2,1 milhões de passageiros, alta de 25% em relação a 2010. Se o aeroporto mantiver esse ritmo de crescimento, o volume de passageiros deve chegar a 9 milhões de pessoas até o fim de 2011 e exigir novos padrões de segurança aeroportuária e de controle migratório. Ontem, foi inaugurada em Confins a obra de modernização e ampliação das instalações da Polícia Federal para atender os voos internacionais.


Mão de obra pode comprometer setor

Com a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil, que vão trazer muitos estrangeiros para o Brasil e aumentar o movimento nos aeroportos, o problema do setor aéreo volta à tona. Esse foi o tema do primeiro videochat sobre aviação produzido pelo Vrum, em parceria com o site do Estado de Minas – em.com.br, realizado ontem. Infraestrutura e possibilidade de apagão de mão de obra no setor estão entre os principais problemas que foram debatidos.

O diretor de comunicação e marketing da Azul Linhas Aéreas, Gianfranco Beting, acredita que pode ocorrer apagão de mão de obra no setor brasileiro e defende que é preciso motivar os jovens a ingressarem nessa carreira e se qualificarem ao máximo. Segundo ele, é preciso formar mais pilotos no país. “Mas o tempo é curto, considerando que um piloto leva, em média, dois anos para se formar em um curso técnico e quatro anos em um curso superior”, declarou Beting.

Quanto à infraestrutura, os especialistas lamentam que as verbas estejam comprometidas em obras que não vão amenizar problemas de excesso de passageiros nos aeroportos. Além de Gianfranco Beting, participaram da transmissão o professor de sistemas de aeronaves do curso de Ciências Aeronáuticas da Universidade Fumec, e o engenheiro aeronáutico da Líder Aviação, Erasmo Borja Sobrinho.

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